Data: 16-07-2012
Criterio:
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
B. morri apresenta ampla distribuição (EOO=633.195 km²), com centro de distribuição no Estado da Bahia e registros para os Estados de Minas Gerais, Ceará e Goiás. Apesar da espécie apresentar ampla distribuição e estar representada por inúmeras coleções, acredita-se que suas subpopulações estejam sofrendo principalmente com a perda de habitat causada pela erradicação da vegetação original. Suspeita-se que poderá se encontrar ameaçada em um futuro próximo se providências não forem tomadas para a conservação de sua área de ocorrência e de suas subpopulações. A espécie foi categorizada como "Quase ameaçada" (LC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Byrsonima morii W.R.Anderson;
Família: Malpighiaceae
Byrsonima morii está relacionada a B. brachybotrya, uma espécie do Paraná e Santa Catarina. Estas são similares no arranjo das flores em um curto pseudo-rácemo, embora este seja maior e mais densamente florido em B. morii. B. morii possui a lamina foliar muito maior, especialmente ampla (duas a três vezes), fixa em um longo pecíolo. Ambas espécies se diferenciam também em seus hábitos. B. morii é uma arbusto de 1,5-2m de altura, enquanto B. brachybotryha é um subarbusto com ramos delgados de 15 a 50 cm de altura que crescem de uma base mais ou menos subterrânea (Anderson, 1982). Byrsonima morii recebe este nome em homenagem a Scott A. Mori, um botânico que contribui com as coletas e conhecimento da flora do sul da Bahia (Anderson, 1982).
Espécie endêmica, ocorre na Bahia (Mamede, 2010) e dados recentes de herbário a registraram também no Ceará, Goiás e Minas Gerais (CNCFlora, 2011).
Arbusto de 1,5 a 2 m de altura, ramos seríceos, pilosidade marrom e persistente na primeira fase de desenvolvimento, tornando branca e eventualmente decíduas nas fases mais avançadas. Folhas elípticas a ovadas, coriáceas, com pilosidade avermelhada na fase abaxial, eventualmente tornando-se branca. Flores com pétalas laterais brancas e a posterior amarelo brilhante tornando-se vermelho-alaranjado com a maturidade (Anderson, 1982).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Segundo a Biodiversitas (2005) a maior ameaça à espécie é a Perda de hábitat.
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Apesar de ser abundante na região do PARNA da Chapada Diamantina, o endemismo acentuado e a constante perda de habitat por erradicação da vegetação original, aponta essa espécie sob algum grau de ameaça, ainda que de forma preliminar (Amorim, com. pess.).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha do Brasil (MMA, 2008).
- ANDERSON, W.R. Notes on Neotropical Malpighiaceae. Contr. Univ. Mich. Herb., v. 15, p. 98-100, 1982.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- MAMEDE, M.C.H. Byrsonima in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB008828>. Acesso em: 24/08/2011.
- AMORIM, A.M.A. Comunicação do especialista André Márcio Araujo Amorim da Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, para o analista Diogo Judice, pesquisador do CNCFlora, em 29/02/2012.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
CNCFlora. Byrsonima morii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Byrsonima morii
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 16/07/2012 - 17:36:03